27 de nov. de 2007

O PAÍS DO CARTÃO-POSTAL

O poeta questiona “Que país é esse?” e a mídia responde: o país do carnaval, futebol e mulher bonita rebolando até o chão. Durante muito tempo a câmara tem sido vista como o sambódromo nacional e nessa ginga brasileira o povo mais uma vez só fica sabendo da pizza.

Em meio há tanta coisa boa a corrupção é imperceptível, saber que o Brasil é o 8º no mundo em arrecadação de impostos e em contra-partida o 68º em distribuição não faz mais diferença. Acostumamos com a corrupção, ser roubado e enganado já faz parte da história brasileira.

“Minha terra tem palmeiras onde canta o sábia”, talvez o sábia ainda cante, mas em quais palmeiras mesmo? Ah, naquelas encontradas nos resorts e casas particulares das pessoas que o amarelo da bandeira ainda simboliza o ouro.

Vamos dar a vara e não peixe, pois esse já acabou. Saciaremos a fome do povo. Combateremos a corrupção (dos que se oponham a nós). Tiraremos as crianças das ruas (mas da marginalidade...). Segurança será o objetivo principal (mais policiais nas ruas). Preparados? Uma coisa de cada vez!

Que país é esse? Pergunta tão fácil de responder. Somos o 1º no carnaval, no futebol, em mulher bonita, corrupção e ginga, muita ginga.

9 de set. de 2007

MURMÚRIOS DO DOMINGÃO...


Hoje teve almoço na casa de um amigo, papo vai papo vem,começa o assunto: Música. Vários títulos surgiram, artistas, bons, mais ou menos e os ruins, músicas marcantes, as insuportáveis, as poesias e aquela que toca uns 3 minutos a mesma frase, que na maioria das vezes com duplo sentindo e claro apelando para o erotismo.
Em meio a tantas opiniões um deles solta – Los Hermanos é bom,veio.
Uma frase solta no meio a tantas opiniões, eu me lembrei na hora. Putz, eu gosto dos caras.
Agora estou aqui escrevendo sobre eles que sumiram das paradas de sucesso para dar lugar aos “Atoladinhas”, “Fogão Dako”...
Me recordo das canções que embalaram minhas noites de fossa, por causa daquele suposto amor que se foi e me deixou tão sem rumo ou direção. Das poesias cantadas pelo Marcelo Camelo, que foram trilhas românticas dos momentos bons com namoradinhos e affairs.
Nesse dia tão especial, por vários motivos, mas nenhum tem uma causa a ser explicada. Sabe aquele dia que você está bem, tudo está ótimo, o dia quente, os passarinhos cantam nas árvores, flores exalam o aroma da vida, Deus está pertinho de você, em suma tudo perfeito, então hoje é o dia. 
Resolvi escolher uma música deles e postar aqui, para reabrir as postagens com um som no qual acredito muito. Espero que curtam.
 
TÁ BOM
Senta aqui que hoje eu quero te falar
Não tem mistério, não, é só teu coração
Que não te deixa amar, você precisa reagir.
Não se entregar assim...
como quem nada quer?
Não há mulher, irmão, que goste desta vida
Ela não quer viver as coisas por você
Me diz, cadê você aí?
E aí não há sequer um par pra dividir
 
Senta aqui, espera que eu não terminei
Por onde você foi que eu não te vejo mais?
Não há ninguém capaz de ser isso que você quer
Vencer a luta vã e ser o campeão!
Pois se é no não que se descobre de verdade
O que te sobra além das coisas casuais
Me diz se assim está em paz
Achando que sofrer é amar demais

28 de jul. de 2007

Murmúrios.!?!


E ela descobriu que o amava.
São duas horas da madrugada, está frio lá fora, suas mãos estão geladas, mas ela o amava.
Ela chora lágrimas que queimam seu rosto, é sangue rolando em seu rosto.
Nada dói mais que a dor de arrependimento, ferida que nunca sara.
Tanto tempo se passou, outros passaram por sua vida, mas ela continua procurando um contato para dizer isso pra ele, mas é tarde, e ela o amava.
Tanta coisa aconteceu, tantas vezes ele pediu por uma chance e ela por medo nunca cedeu. Mas ela o amava.
Ele foi seu primeiro beijo, aquele só por curiosidade e pressão das amigas. Ela se achava feia, magra demais, tímida demais. E ele tão cheiroso, "popular", bonito, uma boca linda, mas ela nunca disse isso para ele, por medo, por....
Ele foi seu segundo beijo.... passou o tempo 1 ano e ele estava lá, dizendo gostar dela.
Ela medrosa demais para aceitar e dizer o que sentia, o temo passou e ele se foi só que dessa vez não voltou.
Agora é tarde, ele mora em outro país, tem uma família, e ela só o amava...

Ela queria ficar bonita, crescer e depois confessar seus sentimentos.
Mas agora é tarde, ele não está aqui para escutá-la e se estivesse talvez não faria mais diferença.
Ela depois de 4 anos só gostaria de dizer que o amava.
Que gostava quando ele ligava para ela.
Que gostava quando ele tentava pegar em sua mão.
Que gostava do seu perfume "Uomini".
Que gostava quando ele roubava beijos, mesmo ela ficando vermelha de vergonha.
Que gostava quando ele esperava por ela no portão da escola.
Ou passava no portão da casa dela a tardizinha.
Que gostava quando ele mandava recado pelos amigos.
Que gostava quando ele não falava nada só pegava em seu rosto e ficava olhando seus olhos.
Que gostava quando ele ligava todo timido e tinha que passar pelo pai dela.
Que gostava quando ele dizia que iria me pedir em namoro para o pai dela
Mas ela não o permitia por pura covardia, medo de ser feliz.
Ela só o amava e não sabia como dizer, agora que ficou "bonita" e cresceu ele não está mais aqui.

26 de jul. de 2007

Murmúrios de Quarta


Estou com sono e com a criatividade lá embaixo, mas tem uma canção martelando na minha cabeça, mas não encontro palavras para eterniza-la, ela irá evaporar e só ficarei com a saudade das melodias que me alegram e confortam, mas não compreendo a letra parece ser cantada em outro idioma. Como se fossem anjos ou demônios me conquistando.

Enquanto eles cantam se é que são eles, talvez seja meu Eu verdadeiro se manifestando, mas o personagem que eu criei para representar esteja mais forte.

É um conflito diário o Ser e o Estar que não tem fim.

O mundo exige que eu esteja bonita, informada, arrumada, sorrindo sempre. O Ser não entende como as aparências podem ser mais importantes do que os sentimentos verdadeiros das pessoas.

Às vezes é preciso parar o mundo e se olhar no espelho e ver o que realmente existe dentro da gente, deixar refletir a verdadeira face, aquela que até você recusa-se olhar.

Murmúrios de Terça-feira


Hoje estou pensando coisas que a caneta se recusa a escrever.

Sonhos que minhas asas não suportam voar.

Histórias que não fazem o mínimo sentido.

Personagens que me envergonho de inventar.

Pessoas que eu não conheço e outras que quero esquecer.

Paro. Respiro E olho para o quadro-negro e vejo uma fórmula que agora é realidade, a fórmula da potência.

É o que falta agora, força , potência para acreditar e voar alto até os céus.

Com tantas dúvidas em minha mente, sorrio, um sorriso descarado, descubro que estou viva, que estou no caminho certo. O meu caminho.

Dizem que a razão e a loucura são divididas por uma tênue, agora me sinto um ser louco, mas continuo sentada e calada.

Meus pensamentos não têm conexão, mas são meus.

Minhas ilusões colorem o preto e branco dessa realidade que me consome...

É isso que me mantém viva e com forças para continuar exercitado minhas asas para um dia enfim ela chegar lá no alto.

20 de jul. de 2007

LUTO! LUTO!! LUTO!!!


ESTA POSTAGEM É DEDICADA AS FAMÍLIAS QUE PERDERAM PESSOAS QUERIDAS EM MAIS UM ACIDENTE AÉREO. O GOVERNO DIZ QUE TOMARÁ AS MEDIDAS NECESSÁRIAS. DESSA VEZ SEREI COMO TOMÉ, SÓ ACREDITO QUANDO VER.

Acidente da TAM está entre os 30 piores da aviação

A Hora da Decisão


Dia de festa, muita comemoração com os amigos e principalmente com a família que apostara muito nesse dia. Roberto passou no vestibular, é agora ou nunca. Depois de comemorar com a família, ele sai com os amigos, depois de meses estudando sem festas, ele merece uma “farrinha” com os amigos num dos barzinhos da cidade ou no máximo que conseguissem ir naquela noite.

Roberto chega em casa amanhecendo, o galo já havia cantado a muito tempo, mas afinal, era uma noite especial. Mesmo depois de passar a noite acordado ele não consegue dormir mais do que duas horas. O dia seria de decisões importantes, pois dentre alguns meses ele estaria em uma cidade nova, morando sozinho, ou não, como todo jovem estava ansioso por esse dia.

Sua família não tinha condições de sustentá-lo nessa nova cidade, aluguel de apartamento, água, luz, água, material escolar e outras despesas que todo jovem tem. Quando sua família colocou essas despesas no papel, buscando uma saída, aos poucos os olhos de Roberto vão ficando pequenos, mas ele continua firme e positivo.

Dona Maria, dona de casa, mulher forte e carinhosa nota que ele ficara triste, mesmo ele tentando disfarçar o máximo, ela diz?

- Vamos analisar todas as possibilidades com atenção, temos tempo para isso. E se no final não tiver chance de você fazer essa mudança poderá estudar aqui mesmo, lembre-se que você passou no vestibular aqui também. E esse sempre foi o nosso plano B, não é mesmo filho? Com um sorriso largo de orgulho e tentando animar o filho, faz um cafuné em seus cabelos.

- Claro mãe, o plano B, havia me esquecido. Mas o importante é que passei em duas federais e vou me formar aqui ou lá.

Depois solta um bocejo e se retira da sala, com a desculpa que estava cansado da farra da noite passada.

Passado quase um mês, a família havia resolvido Roberto ficaria na cidade, depois faria o outro curso, já estaria formado e seria mais fácil com ele trabalhando.

Mesmo conformado ele não estava feliz, sempre soube do plano B, mas não queria usá-lo. D. Maria decide fazer algo que julgava importante, chamou o filho e perguntou se ele estava disposto a sua a camisa, ralar de verdade na outra cidade para estudar e se sustentar, ele sem entender muito disse logo que sim.

Sua mãe disse que notara seus olhos tristes e disse que essa opção mudaria tudo, ele teria que trabalhar muito, estudar a noite e nos fins de semana, morar num lugar barato e sem muito conforto, mas na medida do possível a família mandaria um dinheiro para ajudar nas despesas, conforme falava o brilho no olhar de Roberto voltava como no dia da festa.

Ela tira um pacote da bolsa e diz que são suas economias e gostaria que ele usasse nos primeiros meses da nova vida, para procurar emprego, era pouco, mas daria para se virar por uns meses.

Nova reunião em família, mudaram-se os planos, Roberto viajaria na próxima semana, para começar a busca por trabalho e uma pensão ou república.

D. Maria não entende essa alegria, mas Roberto sim. É o sabor da vida nas veias, vai ralar e até mesmo chorar, mas por sua conta e risco. Ele vê o ônibus se afastar da plataforma, sua família toda alia confiando e mandando beijos.

Uma lágrima quente rola em seu rosto, um misto de saudade, medo, alegria, ansiedade, emoções misturadas numa única gota de lágrima, e a sua frente. Ah! Na sua frente ele vê uma folha em branco esperando a primeira pincelada, conforme o ônibus corre ele vê uma linha aparecendo, começa agora à nova página de sua via.